NOTA DE ESCLARECIMENTO
Resposta ao Ex-Prefeito Juninho Aderaldo
É com espanto — e uma boa dose de ironia — que recebemos a tentativa do ex-prefeito de terceirizar à atual gestão a responsabilidade pelo descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que ele próprio assinou em 20 de junho de 2018, com prazo de 90 dias para cumprimento. Ou seja: o ex-prefeito teve seis anos para cumprir o que prometeu ao Ministério Público e agora, convenientemente, tenta colocar a culpa de sua inércia em quem assumiu há pouco mais de quatro meses.
Durante esse período, o Ministério Público reiteradamente advertiu a administração anterior sobre a necessidade de cumprimento do TAC, mas o que se viu foi uma longa sequência de protelações, omissões e promessas vazias. O que deveria ter sido feito em três meses virou um arrastado “encaminhamento de pesquisa de preços” feito às pressas em 08/11/2024, sete semanas antes do fim do mandato. Um gesto tardio e claramente desesperado de quem viu o tempo acabar e tentou, como agora, fazer parecer que os outros são os responsáveis por sua própria omissão.
A atual administração, ao contrário, trabalha para sanar as consequências da negligência herdada — e uma delas, infelizmente, é a multa de mais de R$ 11 milhões imposta ao município, justamente por conta do descumprimento do TAC. Uma penalidade que jamais existiria se o compromisso firmado tivesse sido respeitado em 2018.
Quanto à alegação de que “nossa administração atuou de forma regular, lícita e dentro dos princípios administrativos”, deixamos que os fatos falem por si: seis anos de inação, múltiplas advertências do MP ignoradas e um prejuízo milionário aos cofres públicos. Se isso é atuar com regularidade, talvez seja hora de rever alguns conceitos básicos de gestão pública — ou pelo menos de assumir a responsabilidade pelos próprios atos.
A atual gestão segue firme no propósito de corrigir o que foi negligenciado por anos. E, diferentemente do passado, aqui não se joga sujeira debaixo do tapete — tampouco se tenta jogar a culpa nos outros quando as consequências finalmente batem à porta.