A História do Brasão de Armas da cidade de Duartina está intimamente relacionado a figura de um médico e de um padre. O médico é o duartinense Dr. Orlando Sabbag, ligado à nossa cidade desde criança. O nome do padre é Caetano Pisani, da cidade de Gália, que identificava-se fortemente com o mundo das artes.
A pedido do médico, Caetano se incumbiu na tarefa de desenhar um brasão de armas para a cidade de Duartina. No entanto, para iniciar seus trabalhos, pediu ao médico que descrevesse as características marcantes do município.
E assim o médico fez. Disse que a economia da cidade era voltada no cultivo de café e da amoreira (casulos); que a maioria da população era católica e sua padroeira era Santa Luzia. Sua área territorial era repartida em pequenas propriedades agrícolas, com um riacho de foz e nascente no próprio município chamado Ribeirão Serrote, e que corta o mesmo.
Passado um tempo, o padre retornou a cidade e entregou ao médico a sua obra: o atual Brasão de Armas.
Duas semanas depois, o médico dirigiu-se ao prefeito da época, Jair Marcelino da Silva, e apresentou o brasão desenhado pelo padre. O projeto foi examinado minuciosamente pelo Prefeito, Presidente da Câmara, vereadores, funcionários e pessoas influentes do município e aprovado.
Em seguida foi encaminhado ao Conselho Estadual de Honrarias e Méritos, órgão do governo, que em pouco tempo atribuiu um parecer favorável em relação a adoção do Brasão de Armas pelo município de Duartina. Isso se deu pela Lei Municipal nº140, de 6 de setembro de 1967.
– Lei nº 410/67, referente a criação do Brasão de Armas.
Descrição Técnica
Enxaquetado de blau e de ouro com mantel de prata, carregado de uma palma de sinople; o mantel movente de contra-chefe endentado de goles carregado de uma mitra episcopal de ouro. Suportes: um ramo de cafeeiro e um de bosque de casulos. Coroa mural de oito torres. Divisa: divide et impera, em ditel de blau.
Interpretação
O enxaquetado representa o retalhamento do município em pequenas propriedades agrícolas que trouxe riqueza à nobre terra; a palma é símbolo de Santa Luzia, padroeira do município; o endentado é alusão ao antigo nome do povoado – Santa Luzia do Serrote e ao rio Serrote e a mitra se refere ao atual topônimo, que teria sido dado em homenagem a Dom Carlos Duarte da Costa, 2º Bispo de Botucatu.
Referência Bibliográfica
Textos retirados da obra ”Crônicas Duartinenses” de Benedito Nunes Dias, 1989.
A descrição técnica do Brasão de Armas foi fornecida ao autor pelo Dr. Lauro Ribeiro Escobar, do Conselho Estadual de Honrarias e Méritos do Gabinete do Governador, por intermédio do escultor Luiz Morrone.